O tema do eixo Conectividade e Transformação Digital é um pilar fundamental como base para uma inovação produtiva e sustentável nos países ibero-americanos. Atualmente, temos o desafio de gerar melhores políticas e planos que visem transformar a Ibero-América em uma região 100% conectada, transparente, interoperável, mais igualitária, reduzindo a brecha digital, sendo mais eficiente e proporcionando condições para a geração de negócios inovadores e sustentáveis.
Também podemos considerar:
– A conectividade na América Latina como ferramenta social e econômica
– A oportunidade para as empresas ibero-americanas de serviços com base em conhecimento frente à reconfiguração das cadeias de valor
– Unicórnios e tecnolatinas: a liderança regional no mercado digital
– Competências para o emprego: estratégias frente à disputa por talentos
– Inovação aberta: parcerias entre “startups” e grandes empresas diante de necessidades não satisfeitas
Nesse sentido, o acelerado processo de digitalização está transformando nossa economia, nosso modo de vida e transformou os dados em uma nova forma de gerar riqueza, pois são a base da inteligência artificial. A produtividade em todos os setores está crescendo vertiginosamente e não só facilita os negócios, mas também está mudando a vida das pessoas porque nos permite viver mais e melhor. Incorporar a tecnologia aos negócios e contribuir com novas formas de pensar são alguns dos desafios que a Ibero-América tem por diante. Portanto, garantir o acesso às tecnologias digitais é uma oportunidade para o delineamento de políticas públicas dinâmicas de cooperação público-privada.
De acordo com o Global Innovation Index 2022, a Espanha, Portugal, o Chile, o Brasil e o México destacam-se como as principais economias ibero-americanas inovadoras. Não há dúvida que a Ibero-América é uma das regiões onde o talento mais abunda, mas onde é mais difícil de retê-lo, devido à fuga que existe. É por isso que a região ibero-americana já está promovendo novas ferramentas para incentivar a retenção de talentos. E é que já são 10 dos países ibero-americanos que implementaram uma nova modalidade de vistos denominada “visto para nômade digital”. Estes vistos oferecem benefícios residenciais e fiscais a trabalhadores remotos ou outras modalidades. Além disso, mais da metade dos 22 países da região promoveu Leis de Empreendedorismo ou Startups que incentivam a inovação e oferecem benefícios e facilidades para os empreendedores; e o Sandbox regulatório também foi implementado em 8 deles.
Todos esses avanços permitiram que setores como o Fintech ou Insurtech tivessem maior desenvolvimento nos últimos anos, ferramentas que muito contribuíram para melhorar a indústria de seguros e o sistema financeiro internacional. As parcerias entre instituições financeiras e startups são cada vez mais frequentes e permitem que os bancos coloquem, a serviço de seus clientes, a excelência no atendimento e a personalização; enquanto as empresas Fintech fornecem as chaves e soluções tecnológicas para proporcional maior eficiência.
É indiscutível que a indústria 4.0 representa uma grande oportunidade para a Ibero-América. Não há dúvida que a conectividade possibilitará um novo modelo de crescimento mais eficiente, gerará novas oportunidades de negócio e de desenvolvimento social, educação mais acessível para todos e melhoras na saúde. Mudará a vida das pessoas. Em suma, garantirá o crescimento e acelerará a luta contra a desigualdade. Porém, para atingir esses objetivos é necessário um esforço conjunto entre o setor público e privado, garantindo uma parceria para a conectividade universal.
Documentos relacionados: A conectividade, um novo modelo de crescimento. Fonte: Hispasat